Escolas e professores sempre tivemos. Já nos primeiros dias do município, José Lourenço Gomes, era professor aqui. Depois, foram sendo criadas outras cadeiras, e chegamos a ter escolas rurais durante o Império. No final do século XIX havia vários colégios particulares em Amparo, alguns famosos, e muitas cadeiras de primeiras letras na cidade e nas fazendas. No começo da República o coronel Luís Leite conseguiu a criação de um dos primeiros “grupos escolares” do país, que, merecidamente teve seu nome. Depois tivemos a Escola Profissional, a Escola Normal das dominicanas, o Ginásio do Estado (transformado em Instituto de Educação), e finalmente a Faculdade Plínio do Amaral.

Colégio Azevedo Soares – célebre colégio de São Paulo que se mudou para Amparo, no final do século XIX, ao que parece, para escapar de uma epidemia.  Anos mais tarde voltou para São Paulo.

Colégio de Fernando Motta – outro colégio famoso, pertenceu a Fernando Motta, pai do Dr. Cândido Motta, que mais tarde foi político influente e Diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

Escola de D. Ritinha – Durante algum tempo funcionou integrada na Escola Ganganelli, depois tornou-se autônoma. Era dirigida por D. Rita de Camargo.

Escola Ganganelli – curioso nome para uma escola maçônica… A princípio pensei que se tratasse de um anarquista italiano, autor de algum atentado. Depois descobri que Ganganelli foi cardeal e papa! Era uma provocação dos maçons aos jesuítas, porque Ganganelli, Papa Clemente XIV, foi quem suprimiu a Companhia de Jesus, na segunda metade do século XVIII.

Colégio Nossa Senhora do Amparo – Escola Normal –Dirigido pelas freiras dominicanas, urante décadas formou professoras primárias, que lecionaram em Amparo e na nossa região, inclusive no sul de Minas Gerais.

Instituto de Educação Coriolano Burgos – antigo Ginásio do Estado, criado em 1935, graças aos esforços de um grupo liderado pelo Dr. Coriolano Burgos e por Horacílio Araújo. A partir de 1948 tornou-se Colégio Estadual, depois Colégio Estadual e Escola Normal, e, finalmente, Instituto de Educação.  Formou milhares de futuros profissionais liberais, professores e bons cidadãos. Recordo com saudade os professores Lourenço Torres da Silva, Isnar Franco Lari, Xenofonte Estrabão de Castro, Levy Queiroz, Miss Odete Abdalla, Silvestre, Dr. Jaupery, o velho amigo Juarez Monteiro, o Assis, Rubem Costa (quase centenário), Doralice Assis (que teve muita paciência com esta aluno desafinado…).  Não é possível esquecer, porém, o Nhoca, o Miro Rossetti, Emílio Branco, “nhô Arthur”, D. Aracy, D. Joana e o Carlito Piffer, antes de ser político e empresário bem-sucedido. Entretanto, para memórias completas da década de1950, teremos que aguardar a delação premiada do Tuta, Alvimar Ferrari, que dizem trará luzes e nuvens negras sobre certas atividades extracurriculares… inclusive, sobre o célebre telegrama de “força máxima” …

Escola Profissional João Belarmino – que já teve uma dúzia de denominações, foi conseguida pelo coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, por volta de 1912, em troca de um quartel de cavalaria que o governo oferecera ao município. Foi uma das primeiras escolas profissionalizantes do país e formou milhares de técnicos e artistas especializados, fundidores, mecânicos, torneiros, marceneiros, entalhadores, desenhistas, que eram avidamente disputados pelas indústrias.

Grupos Escolares Luís Leite e Rangel Pestana – O Grupo Luís Leite foi o segundo do Estado de São Paulo, criado ainda no século XIX.  Foi diretor do Grupo Luís Leite o professor Ludgero Prestes, que décadas antes, ainda menino de 7 anos, fora o último combatente de Canudos a ser capturado.  O Rangel Pestana, formado no começo do século XX, também se inclui entre os mais antigos e também tem uma história rica e interessante.

Escolas Rurais Estaduais e Municipais – Já existem desde os tempos do Império, graças à abnegação das jovens professoras que nelas lecionam.

Faculdade Plínio do Amaral – Criada pelo prefeito João Cintra, hoje é mantida por uma entidade particular.

Conservatório Musical – instalado no prédio onde funcionou o Ginásio do Estado, veio atender a uma necessidade do município, aproveitando os bons serviços do maestro George Henry, músico de renome internacional.

Escola Técnica de Comércio – Fundada pelo saudoso José Carlos de Camargo Campos, prestou relevantes serviços à cidade, formando centenas de técnicos de contabilidade.

Fundação Educacional de Amparo – criada pelo prefeito João Cintra, fundou e manteve durante alguns anos a faculdade de Filosofia Plínio do Amaral, hoje dirigida por uma organização especializada no ramo do ensino superior.

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