O SERTÃO DE MANDUCAIA

 

OS ÍNDIOS DE MANDUCAIA

 

A primeira notícia sobre os índios de Manducaia está no volume I das Atas da Câmara de São Paulo, no qual está narrada a tragédia da bandeira de Domingos Luís Grou, massacrada pelos ”índios de Bongi” (sic, por Mogi) no alto Pirapitingui, terminando por assassinar mais alguns bandeirantes na barra deste rio com o Tietê. A Câmara paulista atribuiu o massacre aos tupiniquins, mas nunca mais se ouviu falar em tupiniquins nesta região.

Seus habitantes primitivos, índios caiapós (também chamados de “lopos”) e guarulhos, tiveram destinos diferentes. Os primeiros, batidos pelas bandeiras, haviam se espalhado ao longo do caminho que ligava São Paulo às minas de Goiás. Ainda nos primeiros anos do século XIX praticavam tropelias nos arredores de Mogi Mirim. Já os guarulhos, pacificados pelo Padre Mateus Nunes de Siqueira, um mixto de teólogo e de sertanista, haviam se recolhido tranquilamente à nascente aldeia de Atibaia na metade do século XVII. Ali se aculturaram e se mesclaram com a população europeizada (mas também já mestiça, pois os mamelucos são um sinônimo de paulista), que para lá também acorria. (Atibaia já era paróquia em 1701 e seria elevada a vila em 1769, premiando o esforço daquele sacerdote, mas também consumando um golpe político dos Pires contra os Camargos – P.F. DA SILVEIRA CAMARGO, A Igreja na História de São Paulo, 2:326; 3:127; 4:142).

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