Peraltices Quinhentistas

Peraltices Quinhentistas

O mau exemplo de São Brandão estava sendo abertamente imitado no final do século XV, especialmente depois que um certo Colombo deu metade do planeta ao Rei da Espanha (embora tenha sido a rainha quem pagou a viagem dele…). Todo cidadão que tinha uns trocados fretou um navio e lançou-se ao mar. Espanhois, portugueses, franceses, ingleses, dinamarqueses, holandeses, italianos e outros, estavam todos no Atlântico em busca de fama e riqueza. O ano de 1500 é um dos que marcam o auge da folia marítima. Quatro viagens atravessando o Atlântico vieram ter às costas do Brasil. Pinzón, em janeiro, teria descoberto o Rio Amazonas e chegado ao Cabo Santo Agostinho, perto de Recife; Diego de Lepe, em fevereiro, teria alcançado um ponto ao sul do mesmo cabo. Os historiadores, porém, acreditam que tanto Pinzón como Lepe não passaram do Cabo … Continue...
Tiro de Guerra de Amparo – TG 104 e TG 5

Tiro de Guerra de Amparo – TG 104 e TG 5

ANOTAÇÕES PARA A HISTÓRIA DO TIRO DE GUERRA DE AMPARO – TG 104 e TG 5. Uma das instituições mais respeitadas e estimadas de Amparo é o nosso velho Tiro de Guerra n. 5, antigo T.G 104, e mais conhecida popularmente pela denominação de “Linha de Tiro”. Apesar de tão querida pela população e especialmente, pelos veteranos que a serviram, essa organização militar tem suas origens mal conhecidas. Houve mesmo, há pouco tempo, uma comemoração, com a presença de oficiais generais, de uma suposta fundação do Tiro em 1925. Trata-se de um equívoco. Essa data marca apenas a restauração do Tiro de Guerra pelo esforço do Tenente José Ferrraz de Oliveira. Ao que tudo indica, o Tiro havia sido saqueado pela coluna rebelde do Tenente Cabanas, durante a revolução de 1924, quando a cidade ficou sob ocupação dos revolucionários durante … Continue...
Anotações para a História do Teatro em Amparo

Anotações para a História do Teatro em Amparo

– Teatros existem há três mil anos pelo menos. A Grécia, Roma, China e Japão, já encenavam peças teatrais, antes do advento de Cristo. Aliás, teatros romanos e gregos existem até hoje. – As invasões bárbaras e a expansão mussulmana provocaram a decadência do teatro no Ocidente, chegando quase ao desaparecimento total. Entretanto, o teatro sobreviveu como atividade circense, de atores ambulantes, e de peças com conteúdo popular, como os “autos” medievais. – No Brasil, as primeiras noticias que temos de espetáculos teatrais mencionam os “autos” encenados pelo Padre Anchieta, com o fim de catequizar os índios. Depois, com o ciclo do ouro começam a surgir teatros nas cidades mais ricas, como Ouro Preto e Rio de Janeiro. Em São Paulo já havia casa de teatro no século XVIII. Nesse mesmo século principiaram os espetáculos de ópera. – E no … Continue...
A Muralha invisível do Amparo

A Muralha invisível do Amparo

A Bíblia conta que Josué derrubou as muralhas de Jericó, fazendo sua tropa rodear a cidade tocando trombetas durante sete dias. Ao final desse prazo, as muralhas desabaram. A Ciência não acredita muito nessa versão e sugere que tenha havido um terremoto. Mas, quando as muralhas são invisíveis, como fazer? Nem trombetas, nem terromotos, parecem ser indicados. Entretanto, a esmagadora maioria da humanidade jamais ouviu sequer falar em “muralha invisível”. E mesmo hoje, os romances de ficção científica evitam a expressão “muralha invisível”; preferem “barreira eletrônica” ou expressão similar. Onde, então, terão existidos “muralhas invisíveis”? Você nunca ouviu falar nas muralhas invisíveis de Amparo, mas elas existiram. Infelizmente não tinham serventia como defesa, como as de Jericó, porque a cidade foi tomada em 1932. É verdade que isso custou um mês de violentos combates e bombardeios, mas ninguém mencionou qualquer … Continue...
Filosofia Acadêmica da Sorbonne vista do Taquaruçu.

Filosofia Acadêmica da Sorbonne vista do Taquaruçu.

Em 1968 os estudantes da Sorbonne picharam os muros de Paris com frases revolucionárias, ameaçando céus e terras e principalmente o General De Gaulle. O Oráculo do Taquaruçu tomou a liberdade de interpretar e completar esses lemas rebeldes. A anarquia sou eu” – “mas não deixem papai saber disso” “A economia está ferida; pois que morra!” – “Mas esperem eu sacar meu dinheiro!” “Abram as janelas do seu coração” – “mas cuidado com a ventania” “É proibido proibir” – mas não contem isso às minorias. Elas adoram proibir as maiorias. “Antes de escrever, aprenda a pensar” – “de tanto pensar, morreu um burro” “A insolência é a nova arma revolucionária” – “mas não venha para o meu lado que leva um murro” E o Oráculo resolveu contribuir com mais algumas frases: “Proibido não colar cartazes” – “mas vá colar no … Continue...
Apontamentos para a História dos Cinemas em Amparo

Apontamentos para a História dos Cinemas em Amparo

A Wikipédia é a salvação dos cronistas. Ela fornece rapidamente a informação essencial para solucionar dúvidas e permitir que o texto avance. Neste caso, nos valemos dela para saber que a primeira máquina de cinema foi patenteada em 1864 pelo francês Louis Ducos de Hauron e que em 1888 foi produzido um curta-metragem, de 2 segundos de duração, do também francês Louis Le Prince, que é reconhecido como o primeiro filme da História. Mas foi com os irmãos Lumière que o cinema começou a conquistar o mundo a partir de 1895. Entretanto, logo os norte-americanos perceberam o valor comercial da invenção e entraram no negócio, com base inicialmente em Nova York e depois em Holywood. O fato é que por volta de 1904 o cinema já corria o mundo e chegou a Amparo. Em 30/10/1904, o “Correio Paulistano” informava que … Continue...
Um documento precioso e insultuoso…

Um documento precioso e insultuoso…

Em 1797, o povo de Jaguari, hoje Bragança Paulista, solicitou ao governador da Capitania de São Paulo que o seu lugarejo fosse elevado à categoria de “vila”. O governador, seguindo a praxe nesses casos, enviou um pedido de informações à Câmara de Atibaia, em cujo território ficava o lugarejo de Jaguari. A Câmara de Atibaia não hesitou em emitir parecer contrário: não era possível transformar Jaguari em vila, porque lá só havia bandidos e desertores, criminosos foragidos, gente da pior espécie, uma verdadeira canalha… Além disso, como eram todos analfabetos, não haveria como formar lá uma câmara municipal, com vereadores, juízes de paz e escrivães. Entretanto, a Câmara de Atibaia aproveitava o ensejo para pedir ao governador que mudasse a divisa com Mogi-Mirim para o Rio Camanducaia, porque “já havia gente nossa morando ao norte desse rio”. Eram os primeiros … Continue...
Para os moradores da Rua Silva Pinto

Para os moradores da Rua Silva Pinto

Dados sobre o homenageado: 23/2/1927 – Correio Paulistano – Faleceu em São Paulo o Dr. Joaquim José da Silva Pinto, “com todos os sacramentos da Igreja Católica”, natural do Rio de Janeiro, onde nasceu a 11/1/1854, filho do notável político e médico Dr. Joaquim José da Silva Pinto e de D. Maria Joana da Silva Pinto. Era casado com D. Lídia da Silva Pinto e deixa os filhos Dr. Paulo da Silva Pinto, casado com Amália Arruda Botelho da Silva Pinto; Isolina Pinto Leopoldo e Silva, casada com Arthur Leopoldo e Silva; Lídia Silva Pinto de Oliveira, casada com Dr. Manuel Gomes de Oliveira; e Albertina, Noêmia, Maria Joana e Joaquim, solteiros. Era irmão de Júlia Pinto da Veiga, casada com Saturnino da Veiga, e cunhado de Eduardo Freire, Eliseu de Campos Pinto; deixa também numerosos sobrinhos. Dados biográficos: formado … Continue...
História da Família Paiva Vidual

História da Família Paiva Vidual

Anotações oferecidas AO AMIGO FÁBIO (PAIVA VIDUAL) FICONDO. Paiva Vidual é o nome de uma família antiga e tradicional de Amparo, com permanente participação na vida da cidade, quer na política, quer na economia, quer no serviço público. Antônio de Paiva Vidual, que presumo português, falecido aos 77 anos em 1928, era casado com Maria Joaquina de Paiva. Era pai do major José de Paiva Vidual, Augusto de Paiva Vidual, casado com Esther Seckler de Paiva Vidual, Sebastião de Paiva Vidual, casado com Carmen Moreira Vidual, da sra. Olímpia de Paiva Novo, casada com Armando Ferreira Novo, e da Srta. Noêmia de Paiva Vidual. ( 5/10/1928 – O Estado de São Paulo). O major José de Paiva Vidual foi figura de destaque na política amparense nas primeiras décadas do século XX, quando integrava o Diretorio Leitista, junto com Francisco Inácio … Continue...
Colônia Árabe em Amparo

Colônia Árabe em Amparo

A Colônia Arabe do Amparo sempre teve intensa participação na vida da cidade, tanto pelo exercício do comércio, como pela colaboração nos esportes, na politica e em outras atividades. Selecionamos algumas notícias que mostram essa integração dos imigranes árabes na sociedade amparense. 7/5/1908 – O Estado de São Paulo – Diretoria da Sociedade Síria de Beneficiência e União: Presidente, Gabriel Jorge – vice, Antônio Chebel – 1º secretário, José Nami – 2º secretário, José Antônio – tesoureiro, Antônio Jorge – procurador José Feres – membros: Abdallah Milan, Frederico Jorge, Jorge Cury, Francisco Pedro, Jorge Pedro, Jorge Musse, Jorge José, José Musse, Zafter Salomão, José Cury, Jorge Ayub e Chedid Antônio. 21/3/1913 – O Estado de São Paulo – Sociedade Síria de Beneficiência e União – Presidente: padre Pedro Sakre; vice: José Feres; 1º secretário: Gabriel Jorge; 2º secretário:Alfredo Massad; tesoureiro: … Continue...