A expansão da agricultura paulista

A expansão da agricultura paulista

Vamos continuar nossa viagem no tempo… vamos tentar testemunhar o encontro de duas frentes agrícolas no vale do Camanducaia. A expansão da agricultura paulista no sentido norte foi retardada pelo relevo acidentado da vertente ocidental da Mantiqueira e pela densa “mata atlântica” do Sertão de Manducaia. Durante mais de um século as lavouras estacionaram ou andaram a passos lentos no eixo Nazaré/Atibaia/. Enquanto isso, estradas melhores, terreno menos acidentado e o ouro de Goiás, atraíram moradores para a variante noroeste do Caminho dos Goiazes, a principal, povoando sucessivamente Indaiatuba, Campinas, Mogi-Mirim e Mogi-Guaçu. Assim, a vasta região que compreendia os atuais municípios de Itatiba, Morungaba, Tuiuti, Amparo, Serra Negra, Socorro e Pedreira, manteve-se quase intocada, apesar de ser atravessada pelo caminho de Atibaia a Mogi-Mirim. Poucos moradores se instalaram nesse vasto quadrilátero de selva e eram quase todos desertores ou … Continue...
A primeira viagem de automóvel

A primeira viagem de automóvel

Foi de São Paulo a Campinas, em 1909, durou 25 horas! A culpa não era só do veículo; as estradas de rodagem eram medonhas, pois até então vivíamos a era das ferrovias. As estradas de rodagem eram só para cavaleiros e carros de boi… Foi Washington Luís, quando governou São Paulo, o primeiro a se preocupar com as estradas de rodagem, adotando o lema “governar é abrir estradas”. A notícia da épica viagem de 25 horas foi publicada pelo Correio Paulistano, que informa também os nomes dos heróicos tripulantes: o conde Jacques de Lesdain, Arthur Kahan, Silvain Weil e o “Chauffeur” Gaston Comte. A poderosa máquina de 16 cavalos, da fábrica Brasiern, passou por Santana do Parnaíba, Cantareira, Juqueri, Atibaia, Campo Largo, Itatiba e Campinas, sem acidentes “dignos de menção”… A data do jornal? 8/2/1909. Siga-nos! Facebook: Os Amparenses #OsAmparenses #GenealogiaAmparense … Continue...
Um animal estranho num poço em Jacuí

Um animal estranho num poço em Jacuí

Encontramos uma notícia do Estadão, datada de 28/5/1885, informando que fora encontrado um animal estranho num poço em Jacuí. O Amparo tinha que se contentar com uma sucuri que apareceu no cortume de José Jacobsen, em 1898, e com uma “grande onça” que havia espantado os escravos do Capitão José Inácio Teixeira, em 1880. E pedimos socorro aos nossos leitores, porque encontramos uma notícia de “O Diário”, jornal de Amparo, de 1904, informando que o Dr. Garcia Redondo(construtor do Teatro João Caetano e do Hospital Ana Cintra) concluiu estudos sobre a classificação zoológica da “gitiranabóia”. Que raio de animal será esse? E, é claro, não podemos esquecer o “bicho do Modelo”, que andou assustando moradores na década de 1920, mas essa história fica para outro dia.   Siga-nos! Facebook: Os Amparenses #OsAmparenses #GenealogiaAmparense #HistoriaAmparense José Eduardo Godoy
Primeira Capela

Primeira Capela

Na nossa “Cronologia Amparense” hoje vamos relembrar a nossa “Primeira Capela”, que o Camanducaia engoliu. Desde tempos imemoriais o direito português admitia uma figura jurídica denominada “capela”, ou seja, a constituição de um patrimônio imobiliário destinado à subsistência e custeio de um pequeno templo. Se tal acervo fosse constituído de terras de cultura, o rendimento pertenceria ao administrador da capela, que, depois de retirar uma parte para si, aplicava o restante na conservação do templo e nas despesas do culto (Pereira e Souza, Diccionario Theoretico). Muitas vezes, porém, a capela era dotada de um “rocio” (ou “rossío”, como aparece nos textos amparenses), isto é, um espaço aberto, de uso comum dos moradores, servindo como praça e até como pasto comunitário. O instituidor da capela, ou seja, aquele que doou o patrimônio dela e a edificou, vendia lotes ao redor do … Continue...
O Fundador de Amparo

O Fundador de Amparo

O TOMBAMENTO DE 1818 ou O FUNDADOR DE AMPARO.   O Brasil enfrentou um longo período de guerras no Sul a partir de 1750, que só terminou em 1870 com a derrota de Solano Lopez. O recrutamento militar era, pois, uma necessidade permanente. Além das “tropas de linha”, ou seja, a tropa paga do Exército, havia duas outras formas de serviço militar: as “Ordenanças” e as “Milícias”. O serviço militar no exército era muito longo, 16 anos para os recrutas e 8 anos para os voluntários, o que gerava reações como a fuga sistemática ao recrutamento e as deserções. Mesmo nas Ordenanças e nas Milícias, só mobilizadas em caso de guerra na capitania, os moradores estavam sujeitos a servir dos 16 aos 60 anos. O recrutamento era feito com base num recenseamento, o “tombamento”, feito pelo capitão-mor de cada vila … Continue...
Expedição para os Martírios

Expedição para os Martírios

Em 1879 saiu de Cuiabá uma expedição “para os Martírios, lugar este que foi descoberto há cerca de 100 nos por um mineiro de nome Anhanguera”. Essa notícia publicada pelo jornal “A Constituinte” em 22/10/1879, contém alguns erros: o paulista Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera II, teria encontrado ouro por volta de 1670, quando ainda menino participou de uma bandeira com seu pai. Anos mais tarde, já adulto, tentou reencontrar o local sem sucesso; depois de várias tentativas fracassadas acabou por se estabelecer em Goiás, onde fundou Vila Boa, hoje Goiás Velho. Entretanto, durante duzentos anos sucessivas bandeiras procuraram inutilmente essa lendária riqueza. O nome ‘Martírios” decorre de inscrições rupestres em forma de cruzes e coroas de espinhos que existiriam no local da jazida de ouro. Há um livro do historiador Sebastião Ferreira, “O Ouro da MIna dos Martírios”, … Continue...
Grupo Migração de Aves Brasil

Grupo Migração de Aves Brasil

Enquanto preparo um artiguete sobre a “Segunda Capela”, vamos voltar aos bichos. Notícias valendo para o “Grupo Migração de Aves Brasil”: em 11/12/1879 o jornal “A Constituinte” informou que fora achado morto em Santos um grande “pato arminho, comum no Rio Grande do Sul. Media 6 palmos de comprido por 7 palmos de envergadura. E, não é ave, mas também estava extraviado um grande cetáceo, de 3 metros, que apareceu na praia em São Vicente. Não era certamente um golfinho, porque este era conhecido dos pescadores locais. É mais provável que fosse um elefante marinho ou algo do gênero. Notícia do mesmo jornal em 8/10/1879. Siga-nos! Facebook: Os Amparenses #OsAmparenses #GenealogiaAmparense #HistoriaAmparense José Eduardo Godoy
A Primeira Missa

A Primeira Missa

Cinco autores descrevem as origens do Amparo: Azevedo Marques e Bernardino de Campos no século XIX, Dr. Áureo de Almeida Camargo e o professor Geraldo Dutra de Moraes, no século XX, e o professor Roberto Pastana Teixeira Lima em nossos dias. Azevedo Marques, escrevendo sobre Amparo, não arrisca datas, mas diz que em 1828, quando Francisco da Silveira Franco mudou para Amparo, já existia uma capela, onde o padre Figueira celebrara a primeira missa, e que este fora sucedido pelo padre Elias e depois pelo padre Roque. Bernardino de Campos também não arrisca datas, mas afirma que não deve ser muito anterior a 1828 a construção do templo. Não menciona o padre Figueira. O professor Dutra de Moraes afirma que documentos fidedignos asseguram que a edificação da Capela de N.S. do Amparo teve início após a provisão de 16/7/1824 (Arquivo … Continue...
Recenseamento geral do Amparo

Recenseamento geral do Amparo

A edição de 7/3/1874 do “Correio Paulistano” traz uma notícia sobre o recenseamento geral do Amparo. A população total era de 12.041 almas… mas tem outras informações interessantes, sobre profissões, escolas, saúde, escravidão. Quem tiver interesse em conhecer esses dados poderá acessá-los com um clique nesta página: https://memoria.bn.br/DocReader/090972_03/4638 Siga-nos! Facebook: Os Amparenses #OsAmparenses #GenealogiaAmparense #HistoriaAmparense José Eduardo Godoy
Guerra dos Cintras

Guerra dos Cintras

A “guerra dos Cintras” é um episódio da Revolução Liberal de 1842, quando sob a liderança de Jacinto José de Araújo Cintra, José da Silveira Franco e outros liberais de Amparo, se convocou uma reunião no Pantaleão (ou seria no Brumado?), para formar um grupamento militar que atacaria sucessivamente Amparo, Bragança, Atibaia e São Paulo. Mas, antes que o fizessem foram atacados e dispersados por uma tropa vinda de Mogi-Mirim, possivelmente sob o comando do célebre Padre Ramalho. É um episódio bastante documentado, embora quase ninguém o conheça. Voltaremos a esse assunto se Deus nos der vida e saúde para tanto. Mas se você está interessado, procure na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, onde há alguns artigos a respeito. O nosso Museu também guarda documentação dessa revolta no Livro de Protocolo de Audiências, precioso texto salvo … Continue...