MIRANDA

 

      TRONCO I

 

I – A família Miranda, muito antiga no Amparo, aqui tem origem em três personagens que ainda não conseguimos estabelecer se eram parentes, nem se tinham ligação com Manuel de Miranda Antunes, considerado um dos sete fundadores do Amparo, mas há indícios fortes de que fossem ligados também aos Vaz Pinto.

O primeiro deles é Inácio de Miranda, que foi casado em primeiras núpcias com Ana Maria de Jesus (ou da Conceição), falecida em Amparo em 1832 aos 70 anos. Inácio casou-se no ano seguinte com Manoela de Camargo, viúva de Inácio Pires. Não encontramos geração deste segundo matrimônio, mas do primeiro leito descobrimos:-

1 – Delfina Maria da Conceição, casada em 1836 no Amparo com Manuel de Jesus Oliveira, filho de João Cardoso de Oliveira e de Manoela do Espírito Santo; tudo indica que este Manuel de Jesus Oliveira é o mesmo Manuel José de Jesus, casado com Delfina Maria da Conceição, pais de:

1.1 – Maria Francisca de Miranda, que casou no Amparo em 1867 com Antônio José de Oliveira, viúvo de Joaquina Maria de Jesus.  (CA-5:121)

2 – Maria Gertrudes, mencionada no rol de moradores de 1829;

 

TRONCO II

 

II – Manuel de Miranda, casado com Cândida Maria Pereira (ou Oliveira), também é morador antigo do Amparo, ainda que originário de Bragança. Desse casamento houveram, pelo menos, as filhas: –

1 – Gertrudes Maria Pereira, casada no Amparo em 1840 com José de Oliveira Preto, filho de Francisco de Oliveira Preto e Manoela Antônia Gonçalves;

2 – Ana Maria Pereira, natural de Amparo e aqui casada em 1850 com Aleixo do Prado, natural de Mogi Mirim, filho de Vicente do Prado e Maria Jacinta. Mais tarde, Bento, escravo de Joaquim Antônio de Oliveira, casou no Amparo em 1858 com Ana Pereira de Miranda, viúva de Aleixo do Prado (CA-3:79)

3 – Justina Maria de Oliveira (ou de Jesus), batizada em 1838 no Amparo, casou em 1859 com José Pereira Bueno, viúvo de Ana Maria de Jesus. Foram pais de:

3.1 – Gertrudes Maria de Jesus, filha do finado José Pereira Bueno e de Maria Justina de Jesus, casou no Amparo em 1878 com João Felício Martins, filho de Maria Felícia de Jesus, sendo testemunhas do ato Francisco Ferreira de Rezende e Joaquim Macário de Sousa (CA-7:65)

 

TRONCO III

 

III –     Francisco José de Miranda (que casou em segundas núpcias em 1857 com Mariana Bueno Mendes, viúva de Luís do Prado), foi casado com Leopoldina Maria. Francisco e Leopoldina foram os pais de:

1 – Benedito José de Miranda, casado em 1841 com Policena Francisca, filha de Antônio Pereira e Bernarda Maria;

1.1 – Maria Joaquina da Conceição, batizada em 1853, casada em 1863 com Joaquim Francisco de Camargo, natural de Santo Amaro, filho de Justina Maria de Jesus;

1.2 – Gertrudes Maria da Conceição, filha de Benedito José de Miranda e de Policena Maria de Jesus, casou em 1867 com Zeferino José da Silveira, filho de Salvador Leme da Silva e de Gertrudes Maria de Sousa, já falecida. (CA-5:115v)

1.3 – Pedro, filho de Francisco José de Miranda, faleceu em 1841 (ADF, 4);

1.4 – Gertrudes, batizada em 1850 (BA-5:43);

1.5 – Carolina Maria de Jesus, filha de Benedito José de Miranda e de Policena Maria de Jesus, casou no Amparo em 1875 com Claudino Pereira de Oliveira, filho de José Joaquim de Oliveira e de Gertrudes Maria da Conceição (CA-7:1)

1.6 – José, batizado em 1842 (BA-4:14v)

2 – Ana Joaquina, casada em 1841 com Jacinto de Lima, filho de José Antônio Rodrigues e Leonor de Moraes;

3 – Florentina Maria, casada em 1843 com Inocêncio Franco Barbosa, viúvo de Jesuína Maria. Pais de:

3.1 – Maria, batizada em 1853, sendo padrinhos Benedito José de Miranda e Policena Maria (BA-5:116/116v).

4 – Gertrudes Maria do Espírito Santo, natural de Juqueri, casada em 1845 no Amparo com Fidélis Franco de Oliveira, viúvo de Senhorinha Franco Barbosa.

Foram pais de:

4.1 – Luísa, batizada no Amparo em 1850. (BA-5:20)

5 – Pedro, batizado em 1840:

6 – Joaquim Alves Barbosa, natural de Bragança, casou no Amparo em 1854 com Jesuína Maria Alves, filha de Evaristo Alves de Oliveira e Antônia Maria de Jesus.

7 – José Gomes Barbosa, filho de Francisco José de Miranda e Leopoldina Maria, casou no Amparo em 1853 com Ana Lopes de Lima, filha de Eva Maria de Jesus “escrava que foi de Inácio  Lopes de Lima”.(CA-3:24)  José Gomes Barbosa e      Martinho Lopes de Lima eram donos em 1856 de um sítio de 14 alqueires no bairro do Cascalho, adquirido duas partes por compra de Aleixo Lourenço Lopes de Lima e uma terceira parte por herança de Inácio Lopes de Lima, pai de Ana Lopes de Lima e de Martinho Lopes de Lima. (RPT, 250/251). José Gomes Barbosa, viúvo de Ana Lopes, casou em segundas núpcias no Amparo em 1878 com Antônia Francisca da Conceição, filha de José Rodrigues de Pontes e de Maria Francisca da Conceição, sendo testemunhas Antônio Caetano Nunes e José Maurício de Oliveira (CA-7:57v). José Gomes Barbosa teve de Ana:

7.1 – Maria Lopes de Lima, casada com José Alves de Oliveira, os quais venderam sua herança em 1891. (1º of. 104: 52)

7.2 – Pedro de Paula Lima, filho de José Gomes Barbosa e de Ana Lopes de Lima, casou no Amparo em 1883 com Ana Claudina do Espírito Santo, de Santa Branca, filha de Jerônimo Leite de Azevedo e de Ana Marques do Espírito Santo  (CA-10:34v). Pedro de Paula Lima, viúvo de Ana Claudina, sepultada em Amparo, casou em 1886 com Francelina Alves de Oliveira, filha de Francisco Alves de Oliveira e de Ana Maria de Jesus (CA-11:30/30v).

8 – Joaquim Alves Barbosa, casado em 1854 com Jesuína Maria Alves, filha de Evaristo Alves de Oliveira e de Antônia Maria de Jesus.

9 – Joaquina Maria Francisca (também conhecida por Joaquina Maria de Jesus e Joaquina Maria do Espírito Santo), natural de Juqueri, filha de Francisco José de Miranda e de Leopoldina Maria, casou no Amparo em 1849 com Antônio José de Oliveira, natural de Bragança, filho de Félix Antônio da Silva e de Joana Maria de Camargo (CA-2:95). Antônio José de Oliveira, já viúvo de Joaquina Maria de Jesus, casou no Amparo em 1867 com Maria Francisca de Miranda, filha de Manuel José de Jesus e Delfina Maria da Conceição (CA-5:121). Antônio José e Joaquina Maria tiveram:

9.1 – Honória Maria das Dores, amparense, filha de Antônio José de Oliveira e de Joaquina Maria de Jesus, casou no Amparo em 1869 com Joaquim Paulino, de Mogi-Mirim, filho de Francisco de Paula, já falecido, e de Bárbara Maria da Conceição (CA-5:146/146v)

9.2 – Jesuína Maria de Jesus, filha de Antônio José de Oliveira e de Joaquina Maria de Jesus, casou no Amparo em 1870 com Francisco Alves de Oliveira, filho de Evaristo Alves de Oliveira e de Antônia Maria de Jesus (CA-6:14v)

9.3 – José, batizado em 1850, sendo padrinhos Francisco José de Miranda e Leopoldina Maria (BA-5:29v). É o

José Antônio de Miranda, filho de Antônio José de Oliveira e de Joaquina Maria de Jesus, que casou no Amparo em 1879 com Amália Maria Joaquina, filha de Felícia Maria de Jesus, sendo testemunhas Jacinto Alves de Godoy e Joaquim de Lima Ribeiro (CA-7:83)

 

TRONCO IV

 

O Capitão José Manuel de Miranda, também conhecido por Juca Catarina, filho de Antônio José de Lima e Catarina Maria de Jesus, nascido em Bragança em 2 de novembro de 1822, foi casado com Maninha (ou Marinha) Luísa de Miranda, filha de Pedro José Rodrigues, natural de Santa Bárbara, falecida aos 35 anos de idade em 1865 e enterrada na Igreja do Rosário (EFA, 149/150 – 1ºof. 6:32v). José Manuel de Miranda, viúvo de Maninha Luísa de Miranda, casou no Amparo em 1869 com Francisca da Silveira Franco, filha de Francisco da Silveira Franco e de Ana Franco da Silveira, sua parente por afinidade em 2.0  grau mixto ao 1.0   (CA-5:142v). Francisca faleceu em 1876, mas o Capitão Miranda sobreviveu até 1894, deixando importante descendência no Amparo. O Capitão Miranda foi político, líder do Partido Liberal em Amparo, ocupando os cargos de vereador, presidente da Câmara Municipal e juiz de paz. Exerceu outros cargos públicos de nomeação e foi comerciante; tinha imóveis margeando a rua que hoje tem seu nome, além de terras em Santa Bárbara, herdadas de seu sogro, as quais vendeu em 1857. Teve de Maninha Luísa de Miranda os filhos:

1  – Salvador José de Miranda, major da Guarda Nacional e fabricante de charutos, que também foi vereador e ocupou outros cargos em Amparo, inclusive o de delegado de polícia, casado em 1875 com Maria Amélia Alves da Silveira, depois Maria Amélia de Miranda, filha de Antônio José Alves Cordeiro e de Ana da Silveira Franco (CA-7:8). Salvador faleceu em 1923, quando ocupava o cargo de coletor federal. Teve pelos menos:

1.1 – Teodomiro de Miranda, residente em São Paulo;

1.2 – Lídia de Miranda, professora;

1.3 – Dr. Aristides de Miranda, engenheiro, morador em São Paulo, casado com filhos; faleceu em 1937.

1.4 – Dr. Cássio de Miranda, médico, residente no Rio de Janeiro;

1.5 – Branca Miranda de Araújo, viúva do Dr. José Oscar de Araújo;

1.6 – Ada Miranda;

2 – João José de Miranda (1ºof.115:85v).

3 – Benedito de Miranda, casado com Leonor Rheinfranck de Miranda.

4 – Eduardo, batizado em 1853, sendo padrinhos Antônio Pedro Xavier e sua irmã Maria Clara, ambos solteiros (BA-5:133v)

5 – Amador Miranda, falecido em Atibaia em 1892 (OESP, 4/2/1892).

Viúvo pela segunda vez, o Capitão José Manuel de Miranda teve de Francisca Maria das Dores (esta casada com João Antônio Ferreira, “do qual está separada há muitos anos”) os filhos naturais, a quem aquinhoou com generosa doação em 1894:

6 – Angelina, menor em 1894.

7 – Antônio, menor.

8 – Pedro, menor.

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